Na linguagem cinematográfica
a expressão “luz, câmera e ação” foi criada por Griffith por volta de 1900 e é usada
até hoje. Os estúdios da época ainda
não tinham iluminação artificial e eram recobertos por uma espécie de cúpula de
vidro e por cortinas, que dosavam a entrada de luz natural. No set, quando ele
dizia “luz”, seus ajudantes abriam as cortinas; ao falar “câmera”, o cameraman
rodava a manivela da máquina e, ao som de “ação”, os atores começavam a falar.
Griffith é considerado o pai do cinema americano.
Nesse
contexto a compreensão de que tudo está alinhado para o início da gravação fica
explicito ao som de “luz, câmera e ação”...
Fazendo
um paralelo com a vida nem sempre estamos prontos para a ação, mas ao mesmo
tempo a “pausa” para ajustes não é permitida, tudo já está acontecendo...
Há
algum tempo compreendi que tudo que é trazido a luz promove mudança, cura e
sorrisos – ainda que no início sejam lágrimas. A luz, nada está oculto, há
clareza, verdade e ausência do medo. Quando o diretor diz “luz” não há nada em
mim que não possa ser visto.
Em
seguida quando a palavra de comando é “câmera”, fica evidente que tudo está
sintonizado, que tudo funcionará bem. Quando há equilíbrio entre corpo, mente e
espirito, quando sei quem sou e isso independe do que os outros pensam a meu
respeito, segura, equilibrada e em sintonia com o diretor, nada e nem ninguém
pode me abalar, afina a câmera está ajustada.
Então
a “ação” acaba simplesmente sendo consequência de quem sou, com uma identidade
baseada no diretor da minha história, da minha vida.
Talvez
a luz ainda esteja apagada, a câmera não esteja ajustada e então as ações da
vida são frustradas e tristes, mas o fato é que é possível mudar este quadro e
assim permitir que o registro do filme da sua vida possa ainda hoje lhe trazer
alegrias. Acredito que a escolha do diretor é que fará toda a diferença nessa
filmagem...
“E disse Jesus: Eu sou a luz do mundo, quem me segue nunca andará na escuridão” (João 8.12)
E
aí, preparada? Gravando!