segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Uma personagem vivendo sua própria História


Dizem que a arte imita a vida e a vida imita a arte; nessa dubiedade que se auto explica fato é que quando nascemos já nos foi escrito um roteiro e nele consta a nossa personagem, no entanto no palco da vida, muitas vezes passamos a viver histórias que não são as nossas; com facilidade nos adaptamos as situações e necessidades que surgem e então nos deparamos com múltiplas faces; assim nos perdemos na referência de quem somos, vivendo histórias que não são as nossas, esquecendo do Grande Autor do roteiro, permitindo que os “cacos”  - acréscimos feitos pelos próprios atores em cena - passem a parecer o roteiro original.

De um modo geral sabemos que as pessoas precisam ocupar papéis coadjuvantes na sociedade, mas isso não quer dizer que elas precisam abdicar de sua essência, deixar de ser protagonista de sua história.

Quando nascemos imediatamente recebemos o papel de filha, irmã, sobrinha... Depois desempenhamos a estudante, a amiga, a namorada... Passado algum tempo seremos profissionais, esposas, mães... E chegando à plenitude de mulheres sábias, continuaremos a desenvolver papéis que o tempo nos permite e solicita... Esses papéis são coadjuvantes, pois o papel principal é ser a mulher que Deus sonhou que fossemos... Tão simples e complexo ao mesmo tempo, no entanto possível quando entendemos que o roteirista está no controle de todas as coisas, então porque  insistir em “cacos” que poderão nos fazer rir momentaneamente e chorar por longos tempos?

Qual é a sua história? Na sinopse do seu roteiro o que está escrito? Às vezes admiramos a médica, presidenta, ginasta, dona de casa, missionária, cantora, atriz e por tanta admiração, queremos sê-las; vamos buscando caminhos que nos levam a ser quem não fomos feitas pra ser;  fazer coisas que não são para nós e na ânsia descontrolada de viver histórias que julgamos ser melhores do que as nossas, esquecemos de viver o nosso roteiro, a nossa própria história.

Eu já desempenhei papéis que não foram escritos pra mim, no entanto me serviram de referência para o desempenho do papel que ocupo hoje, o qual estava escrito na sinopse original do roteiro da minha vida. Sou uma personagem que vive sua própria história, ou seja, entendi qual é o papel principal da minha vida e isso só foi possível porque entendi os escritos do roteirista, me permiti conhece-lo e assim suas ideias a meu respeito ficaram claras. O fato de estar desempenhando o papel certo, não quer dizer que tenham dias que as páginas do roteiro não me façam chorar, mas como confio no roteirista sei que o próximo capitulo me fará sorrir e tenho a certeza de que há um final feliz na minha história.

Sim, a vida é um palco e é preciso como personagens em cena, viver as nossas próprias histórias, pois no dia em que as cortinas se fecharem, não importará se receberemos o aplauso do público ou não, pois saberemos quem somos e que desempenhamos o nosso papel, com segurança e plenamente satisfeitas em sermos simplesmente as mulheres que Deus sonhou que fossemos.

Nádia Cardoso

Um comentário:

Anônimo disse...

amei a ideia do blog.é muito bom parar no meio do dia e ler algo que preenche nossa vida .bj